As novas regras do Cadastro Positivo

Você sabia que, recentemente, o cadastro positivo passou por algumas mudanças? Se ainda não sabe, a Quod vai te explicar.

Humberto

Humberto Bocayuva • Comunicação

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Na matéria de hoje, vamos conhecer as principais alterações que aconteceram nos últimos anos.

Embora tenha sido criado em 2011, o Cadastro Positivo ainda é pouco conhecido e não é amplamente utilizado. A expectativa era que ele reunisse 40 milhões de cadastrados em um ano, mas hoje o número de inscritos nos quatro birôs de crédito que atuam no país não ultrapassa os 12 milhões. “Em parte, isso se deve ao fato de que a formação do banco de dados dependia da inscrição voluntária do consumidor, que muitas vezes não conhecia o Cadastro e seus benefícios possíveis”, explica Marrone, da Quod. 

Mas isso vai mudar. No início de 2019, o Congresso aprovou um projeto de lei que torna automática a adesão ao Cadastro Positivo. Após a sanção do presidente da República, o Banco Central deve editar uma regulamentação em um prazo de até 90 dias. O sistema passará a ter o mesmo mecanismo que em outros países onde o cadastro positivo é amplamente utilizado, como Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Austrália, Coréia do Sul, China, México e Chile.

Com a nova lei, as empresas Gestoras de Bases de Dados (GBDs), os chamados birôs de crédito, vão notificar o consumidor de que o cadastro foi aberto e ele poderá então optar por manter ou não a sua inscrição, conforme desejar. Outra mudança é que a única informação que ficará disponível para as empresas que consultam o Cadastro Positivo será o Score de Crédito do consumidor, que passará a ser calculado com as informações negativas e positivas. Caso uma empresa queira consultar o histórico de pagamento, o consumidor terá que fornecer uma autorização específica para isso. 

Com as mudanças, Marrone acredita que o cadastro ficará mais completo, o que aumentará as probabilidades de um consumidor com boa pontuação conseguir crédito em melhores condições. Para ele, as novas regras também podem fortalecer a concorrência e aumentar a oferta de crédito no país.


Afinal, vale a pena fazer o cadastro? 

Os potenciais benefícios deixam claro: o consumidor só tem a ganhar com o Cadastro Positivo. “Hoje a informação negativa já é pública. Com o Cadastro Positivo, o consumidor fornece mais informações favoráveis para o mercado, permitindo uma análise mais completa e justa, e isso não apenas é importante para as empresas, mas trará um benefício de longo prazo para os consumidores. A nossa visão é a de que o Score de Crédito se transformará em um verdadeiro patrimônio financeiro pessoal dos consumidores”, avalia Marrone, da Quod.