Educação financeira: 7 dicas para organizar suas finanças

Leia no Blog da Quod como a educação financeira pode ajudar você a conquistar objetivos pessoais e confira algumas dicas para organizar as suas finanças!

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Seja para obter mais qualidade de vida ou realizar sonhos, é preciso organizar as finanças para alcançar seus objetivos. Quais os caminhos para esse uso consciente do dinheiro? A educação financeira é uma jornada que exige planejamento para gerar o aumento de renda, maior controle dos gastos e disciplina para chegar aonde você quer. Então acompanhe as dicas para dar os primeiros passos e começar agora mesmo!

Pare e reflita: atualmente, qual é o seu maior sonho? Fazer um intercâmbio? Quitar um financiamento estudantil? Comprar um apartamento e dar mais qualidade de vida para a sua família? Independentemente do tipo ou tamanho dele, com planejamento, paciência e dedicação, é possível realizá-lo. O importante é se comprometer com o seu objetivo e fazer mudanças na sua vida financeira, afinal, um sonho também requer investimentos de médio a longo prazo. Para garantir que tudo ocorra como planejado e dentro das suas expectativas, antes é preciso se educar financeiramente e amadurecer o seu relacionamento com o dinheiro que ganha e gasta. 

Vale lembrar também que tudo nessa vida é equilíbrio. Para manter seu peso ideal, é preciso ter uma dieta balanceada, certo? A relação com o nosso bolso é a mesma coisa. Se o seu salário mal caiu na conta e já sumiu, isso significa que suas finanças estão desequilibradas, ou seja, você tem gastado mais do que tem recebido. Se você tem mantido um estilo de vida que não condiz com a sua renda e recorrido a empréstimos para “respirar”, seus gastos com certeza serão ainda maiores, afinal, você pagará juros altíssimos. 

A educação financeira é uma disciplina que visa trazer mais equilíbrio e segurança para as nossas finanças pessoais, e os benefícios são muitos para todos os âmbitos de nossas vidas. Uma boa gestão do dinheiro vai muito além da realização de um sonho, podendo garantir uma boa aposentadoria ou a tranquilidade para lidar com alguns imprevistos que envolvam dinheiro, afinal, às vezes o carro pode dar problema ou uma demissão pode impactar negativamente a sua renda. Além disso, é possível investir mais no seu desenvolvimento profissional, o que trará um maior retorno em forma de renda.

Controlar gastos é um desafio enfrentado por pessoas de diferentes classes econômicas e até mesmo empresas de diferentes portes e segmentos. O que todas elas têm em comum? O tipo de gestão financeira. Se educar financeiramente pode parecer um bicho de sete cabeças e até ser desanimador quando analisamos o caminho a ser percorrido, principalmente se você tem um alto número de dívidas e não consegue sair do efeito “bola de neve”. Mas é importante reforçar que isso é totalmente possível! O que faz a diferença é o empenho em que você coloca para mudar a sua realidade. O primeiro passo você já deu, que é buscar se informar sobre o assunto. Agora, que tal aprender com a gente na prática? Antes disso, vamos entender alguns conceitos.

RENDA VERSUS DESPESAS: O QUE SÃO E COMO EQUILIBRÁ-LAS? 

A renda é tudo aquilo que você recebe de dinheiro, como o seu salário, comissões, o aluguel do apartamento do qual você é proprietário, etc. Em contrapartida, despesas é tudo aquilo que você gasta: a conta de luz, a parcela do carro, uma calça nova que você comprou e o cineminha do fim de semana. Se não existir, no mínimo, um equilíbrio entre esses dois lados da sua vida financeira, você tende a não ter dinheiro para nada, além de começar a fazer e acumular dívidas. Como evitar isso? Pela educação financeira, que tem o objetivo de economizar, cortar gastos, poupar e acumular dinheiro.

Então, se você está com a vida financeira desequilibrada, com despesas maiores do que o valor da sua receita, você pode e deve buscar diminuir gastos, aumentar sua renda ou, no mundo ideal, fazer essas mudanças em conjunto. Agora, se você ganha mais do que gasta, pode começar a poupar ou investir. A quantidade destinada a essas modalidades vai depender de qual é o seu objetivo e seu prazo, mas é importante guardar todo dinheiro que sobrar, mesmo que ele seja pouco. Se você quiser investir, busque orientação de alguém no mercado financeiro. O gerente do seu banco com certeza poderá guiar você nessa jornada.  


O QUE É CRÉDITO E COMO CONSEGUI-LO?

Para comprar produtos ou contratar serviços que exigem um alto investimento ou um dinheiro que você não tem no momento, você pode recorrer ao crédito, que é uma operação comercial na qual você só pagará no futuro. Por isso, se você o usar de maneira consciente e certa, ele pode ser uma importante ferramenta na sua vida financeira.
Além do cartão de crédito, que é a forma de pagamento favorita dos brasileiros, existem outras opções de crédito, como o cheque especial, empréstimo pessoal, financiamento de bens ou serviços e crédito consignado em folha de pagamento. Se você quiser se informar melhor sobre cada tipo de crédito e como contratá-lo, baixe o nosso Guia de Educação Financeira e Uso Responsável do Crédito.

Manter seus dados no Cadastro Positivo também é muito importante para você conseguir crédito no mercado financeiro. Os birôs de crédito fazem uma avaliação do seu comportamento e histórico de pagamento e geram uma nota de risco, o score, que pode ir de zero a 1.000. Posteriormente, essa pontuação servirá como base para a análise de crédito de uma empresa e, se a sua nota for alta, maiores são as chances de você conseguir bons limites e baixas taxas de juros. 

Agora que você chegou até aqui, alguns conceitos importantes para começar uma educação financeira já devem estar mais claros. Então é hora de partir para a prática! Confira abaixo as 7 dicas que a Quod separou sobre como organizar melhor as suas finanças. Vamos lá?!


1 - PRIORIZE SEUS OBJETIVOS

Nós temos muitos sonhos, não é mesmo? Alguns que são mais fáceis de realizar e outros que parecem estar mais distantes da nossa realidade. Alguns podem ser realizados a curto prazo, outros a médio e outros ainda requerem mais planejamento e longo prazo. Todos eles são importantes e devemos nos organizar para alcançá-los, mas é preciso ter prioridade.
Como temos vários objetivos, é muito importante listá-los e depois categorizá-los entre os que são de curto, médio ou longo prazo. Além disso, é importante coloca-los em ordem de prioridade. Talvez você queira muito trocar de carro, mas a sua geladeira velha está começando a dar problemas, então é melhor trocá-la agora. Portanto, tenha uma clara noção do que é prioridade para o seu atual momento. Isso não significa excluir sonhos da sua lista, mas sim entender que eles podem ficar mais lá para frente, quando você já tiver resolvido os que precisam de investimento a curto e médio prazo.


2 - ESTABELEÇA METAS

Agora que você já sabe quais são as suas prioridades, chegou o momento de criar metas para alcançá-las. Para isso, é preciso definir um valor e prazo para atingi-las. Por exemplo: se você quer comprar um carro zero no valor de 25 mil reais em dois anos, será preciso analisar qual é a sua receita e gastos e quanto você deverá guardar de dinheiro para poder fazer esse investimento em um automóvel novo. É importante entender dentro das prioridades qual meta receberá um aporte maior de dinheiro poupado, assim você estará mais próximo de atingi-las dentro dos prazos estipulados. 


3 - CONHEÇA SEU ORÇAMENTO E FAÇA O CONTROLE DOS SEUS GASTOS

Para fazer um diagnóstico do seu comportamento financeiro, é preciso enxergar de forma clara o que você recebe e o que gasta no mês. Por isso, o ideal criar uma tabelinha no seu computador ou até mesmo em uma agenda, porque quando vemos de fato qual é a nossa atual situação, fica mais fácil fazer um planejamento para atingir as nossas metas. Para fazer a tabela, é importante separar o que é renda e o que é gasto, além do valor, data de recebimento e pagamento e status da conta, ou seja, se ela já foi paga ou ainda está em aberto. Confira um exemplo abaixo:




Além da renda e contas fixas do mês, vale a pena criar uma tabela para ter um controle do que você gasta ao longo do mês que não faz parte das contas fixas, como alimentação, farmácia e lazer. Diariamente, insira na tabela quais foram os gastos do dia, mesmo que seja uma simples corrida por aplicativo. Assim, ao fim do mês, você terá uma clara visão de como seu dinheiro tem sido gasto e analisar quais são as oportunidades de economia. Se a grana ficou curta e você analisou pela tabela que gastou muito almoçando fora, então você já saberá que no próximo mês deve reduzir essa despesa. 

Outro indicador que é importante colocar nas suas tabelas de controles de gasto é a forma de pagamento. Com isso, você saberá analisar o seu comportamento enquanto consumidor, se tem comprado mais no débito ou crédito, se pagou a vista ou parcelou. Atualizando e acompanhando sua tabela de controle de forma cuidadosa, você saberá como está administrando o seu orçamento mensal e quais mudanças serão necessárias para guardar mais dinheiro e alcançar seus objetivos no futuro. 


4 - EXERCITE A CONSCIÊNCIA FINANCEIRA

A regra número um para o consumo consciente é: gaste menos do que você ganha. Apesar de importante, não é a única para consumirmos de forma planejada e ainda ter uma margem para poupar um dinheirinho. Por isso, separarmos algumas outras orientações para você exercitar a sua consciência financeira e melhorar a gestão do seu orçamento. Confira:


Pesquise preços em diferentes locais: não compre logo na primeira busca, pois o produto ou serviço pode estar mais barato na concorrência, oferecendo qualidade semelhante ou até mesmo superior. Portanto, sempre faça uma ampla pesquisa no mercado, principalmente pela internet. Isso também pode servir como base para uma negociação com uma loja que você já é cliente e confia, mas que, no momento, não tem o valor tão competitivo quanto os encontrados na sua pesquisa.
Prefira pagar à vista: escolher a melhor forma de pagamento também impacta no seu orçamento. Por isso, sempre que possível, evite parcelar compras que podem comprometer a sua renda do próximo mês. Além disso, muitas vezes o pagamento à vista sai até mais barato, pois é possível negociar e conseguir preços melhores!
Não incorpore o cheque especial ao seu salário: se você possui um limite especial no banco, ou seja, um crédito extra que pode ser usado como se fosse o seu próprio dinheiro, evite tratá-lo como se ele fosse a sua renda. Lembre-se de que ele só deve ser usado em situações imprevistas e urgentes e que as taxas de juros são altas. Portanto, se você usou, comprometa-se em repô-lo o mais rápido possível para não ter novas dívidas.
Não contrate novos créditos antes de quitar os atuais: se você já tem parcelamentos que estão em harmonia com o seu orçamento atual, é preciso se comprometer em pagá-los dentro do prazo. Caso surja uma nova necessidade de compra em crédito, avalie antes se essas novas parcelas vão caber no seu bolso sem comprometer a sua renda. Mas, se puder, evite realizar novas contratações de crédito.


5 - MUDE SEU COMPORTAMENTO DE CONSUMO 

Pode parecer clichê, mas é verdade: pequenas atitudes no seu dia a dia fazem toda a diferença para você guardar dinheiro e poder realizar seus sonhos. Listamos abaixo alguns comportamentos que precisam ser incorporados na sua rotina:


Não compre por impulso! O consumo apenas pelo desejo pode atrasar você na conquista de suas metas, então não se deixe levar por sentimentos do momento. 
Seja firme com você e com os outros. Se não encontrou o que procura dentro do preço que cabe no seu bolso, não compre, mesmo que o vendedor insista.
Negocie e tente pagar menos. Além de pesquisar preços em diferentes locais, faça uma negociação com o vendedor para receber descontos no pagamento à vista, que é muito melhor do que em prestações.


6 - PEÇA COLABORAÇÃO DE FAMILIARES E AMIGOS

Agora que você está comprometido com a sua educação financeira, informe as pessoas ao seu redor sobre o seu novo comportamento para que elas colaborem com você. Isso faz muita diferença para manter o foco e alcançar seus objetivos. Afinal, não adianta você cortar aquele delivery na quarta-feira e seu amigo convidar você para viajar para a praia no final de semana, não é? É melhor evitar ficar tentado a gastar dinheiro com algo que não estava previsto no seu mês e realmente não é necessário. 

Isso não significa que você não poderá fazer mais nada com seus amigos e a sua família, mas que as atividades devem estar de acordo com o dinheiro que você separou para o lazer. E, já que você está mudando seu estilo de vida, que tal incentivar as pessoas que convivem com você a também se educarem financeiramente? Imagine que divertido poder planejar uma viagem em grupo! Essa também é uma oportunidade para ensinar seus filhos o valor do dinheiro e como economizarem. Para saber mais informações sobre como introduzir essa temática ainda na infância, vale a pena conferir a importância da educação financeira para as crianças.

7 - INCENTIVE-SE E RECONHEÇA O SEU AVANÇO!

Em várias dicas que demos aqui, parece que a educação financeira é oito ou oitenta, né? Ou você corta todo o lazer do mês ou nunca terá dinheiro para o seu futuro. Mas não é isso! É verdade que no início você terá que fazer mais sacrifícios para conseguir equilibrar as contas, mas, com o tempo, você verá que valeu a pena. Portanto, que tal incentivar o seu comprometimento? Quando você estipular alguma meta, também coloque uma forma de reconhecimento ao seu empenho. Por exemplo: quando você conseguir quitar aquela dívida chatinha que está incomodando você, permita-se levar a família para jantar fora e comemorar. Ou, quando conseguir juntar R$500 e guardar na poupança, separe mais R$50 para comprar uma camiseta que você está precisando. Esses pequenos reconhecimentos vão lembrar você de que todo o seu esforço vale a pena e que você está no caminho certo. Mas lembre-se: eles não podem ser exagerados e devem estar dentro do seu orçamento, ou seja, não podem comprometer outras despesas e metas.

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