O que é e quais os benefícios do Open Banking?

Entenda como o Open Baking impacta o mercado financeiro e beneficia a todos os consumidores.

Humberto

Humberto Bocayuva • Comunicação

• 08min de leitura

Entenda como o Open Baking impacta o mercado financeiro e beneficia a todos os consumidores. Traduzido como “banco aberto”, ele traz mais autonomia ao considerar que os dados bancários pertencem às pessoas e não às instituições. 

Já pensou se o consumidor pudesse pegar os seus dados bancários e levar para onde quiser sem ter que depender do banco? Isso já é uma realidade em países como o Reino Unido com o Open Banking, que traduzindo quer dizer “banco aberto”. Hoje o cliente só tem acesso a informações como saldo, extrato, entre outros, e passa por um processo burocrático na hora de mudar de banco. O histórico de crédito de uma pessoa acaba ficando vinculado a um sistema ao qual ela não tem controle nem acesso e trocar de instituição é como começar do zero!

O Open Banking, então, abre novas perspectivas e traz impactos ao mercado financeiro. Bancos tradicionais passam a ter que rever seus modelos de negócio e focar na experiência. E o consumidor passa a ter mais autonomia. Mas, antes de falar sobre essas mudanças, é preciso entender esse novo conceito.


O que é Open Banking?

O Open Banking parte do pressuposto de que as pessoas são donas dos próprios dados bancários e histórico de crédito, e não as instituições financeiras. Isso dá mais liberdade para os consumidores e causa grandes impactos no mercado financeiro. 

Com essa mudança, é possível fazer a integração das chamadas interfaces de programação dos aplicativos (API). API é um conjunto de padrões de programações que permite que sistemas diferentes interajam entre si, são usadas em aplicações de vários tipos e não apenas em plataformas financeiras.

Ou seja, é uma maneira de fazer com que empresas e desenvolvedores integrem seus respectivos sistemas, compartilhem dados e realizem transações de forma automatizada e segura. O uso de APIs abertas vai possibilitar a oferta de novos produtos e serviços, acirrando a concorrência e dando mais autonomia aos consumidores a partir da portabilidade dos dados.


Como funciona?

Uma pessoa que precisa de um empréstimo em um banco novo tem que enfrentar filas, falar com o gerente, fazer um processo burocrático para obter a comprovação de renda do banco que utiliza. Depois tem que levar toda essa documentação ao banco novo, que vai analisar para tomar a decisão de conceder ou não aquele empréstimo. 

Com o Open Banking, esse consumidor não vai mais precisar fazer tudo isso. O banco que tem os dados desse cliente e o seu histórico é obrigado a fornecer as informações a outro banco, desde que com a autorização do próprio cliente.


Já existe Open Banking no Brasil?

No Brasil, o Banco Central ainda está discutindo sobre esse tema, estabelecendo quais serão as regras no mercado. Enquanto isso, a Quod está de olho na próxima onda de evolução de tecnologia para as instituições financeiras e fez uma parceria com a Franq Openbank, que tem parcerias com bancos e fintechs que utilizam o Open Banking. A Franq desenvolveu uma plataforma digital que apresenta vários produtos e serviços financeiros, com o diferencial do atendimento humano feito pelos Personal Bankers, que apresentam as ofertas e propostas dos parceiros.

Os Personal Bankers são profissionais que têm em sua bagagem experiência em instituições bancárias, por isso estão capacitados para orientar sobre as melhores ofertas financeiras sem a pressão dos bancos para o cumprimento de metas. Essa independência colabora para a gestão financeira do seu negócio, uma vez que não há interesse em privilegiar um ou outro banco, mas encontrar a melhor solução para a sua empresa.

Para saber mais sobre os personal bankers e a Franq, clique aqui.


Como vai funcionar a regulação?

Para conseguir garantir um ambiente seguro e com clareza sobre as regras desse processo, existem duas possibilidades de atuação dos modelos de regulação em Open Banking. O primeiro é o usado no Reino Unido e define os tipos de plataformas que podem ter os dados requisitados, a linguagem de programação da API e outros detalhes.

Na Europa, o Banco Central Europeu determinou que todas as instituições devem ter as APIs abertas, e este é um modelo que se aproxima mais do que o Banco Central (BC), no Brasil, vem discutindo. Para quem é do ramo financeiro, a expectativa gira em torno de que sejam criadas regras claras sobre o uso e compartilhamento desses dados para que haja uma autorregulação pelas empresas envolvidas.

Por enquanto, é preciso aguardar as decisões do BC sobre esse assunto. Acompanhe no cronograma abaixo para entender as etapas do Open Banking no Brasil.


Quais os benefícios do Open Banking para a sua empresa?

O Open Banking vai “abrir” o sistema fechado dos bancos e permitir o acesso as suas interfaces de programação. Isso vai abrir um novo mundo, com novas aplicações desenvolvidas por outras empresas com uso de API.

Claro que ter acesso a esses dados não vai ser um processo tão simples de ser feito por qualquer pessoa, será tudo em um ambiente seguro. As instituições precisarão obter uma autorização do consumidor no uso desses dados para situações como pedidos de empréstimos, financiamentos, investimentos, entre outros serviços e produtos. 

Por isso, usar a tecnologia do Open Banking democratiza o acesso a informações importantes que tornam o mercado financeiro mais justo e amplia as possibilidades do seu negócio.